sábado, novembro 29

Análise crítica

Durante o primeiro período, na Área de Projecto e Língua Portuguesa estivemos a ler histórias da escritora Luísa Ducla Soares.
Gostamos muito das histórias são imaginativas, engraçadas e importantes. Nelas dizem que não devemos poluir nem queimar a mata, e temos que deixar os animais no seu habitat natural.
As histórias que falam neste tema são: Uma vaca de estimação, O Capuchinho Vermelho no século XXI e Quem está ai?
Na história: Uns óculos para a Rita aprendemos a cuidar da nossa saúde, fazendo a prevenção.
No Soldado João fala-nos da importância da amizade e da necessidade de acabarem com a guerra no Mundo.

Inspirados na autora, nós também quisemos “brincar com as letras” e aqui deixamos os nossos textos.

Pólo de Fontelonga
João, Andreia, Diogo e Telma


Tudo ao contrário

O menino do contra
Fazia tudo ao contrário
Deitava os peixes no chão
e dormia no aquário.

Quando lhe batiam sorria
Se lhe faziam festas ele chorava
Quando andava despido tinha calor
Se, se vestia com frio ficava.

No dia dos anos,
teve dois presentes
uma boneca com bigodes
e um carro com dentes.


Pólo de Fontelonga
Nicole Santos

Sofrimento

Coloquei o melro
Num balde com água
Para se refrescar.

À noite a minha mãe
Ralhou comigo
E pôs-me de castigo.

Deitei o salmão
Na casota do cão
Para secar.

À noite a minha mãe
Ralhou comigo
E pôs-me de castigo.

Enterrei cinquenta euros
No canteiro
Para os semear

À noite a minha mãe
Ralhou comigo
E pôs-me de castigo.


Pólo de Fontelonga
Adriana Martins dos Santos


Mistério!...

Numa noite de lua cheia, os dois irmãos já se iam deitar, quando de repente se ouviu um estrondo.
A mãe disse:
-É a trovoada.
- Que trovoada, que carapuça! – respondeu o Angélico.
O Angélico, o mais corajoso, foi ver o que se passava, veio todo contente, e a mãe perguntou-lhe:
- O que encontraste?
- Eu encontrei uma mota e amanhã vou andar nela.
Chegou a vez do José, o seu irmão. Quando veio exclamou:
- Eu não encontrei uma mota, encontrei ferraduras, amanhã, vou colocá-las no cavalo.
Até que chegou a vez da mãe, saiu e voltou triste.
- Eu encontrei uma espécie de camião a passar pelo meu jardim.
Nessa noite ninguém conseguiu dormir, quando amanheceu, levantaram – se e foram para o jardim.
Já não viram a mota, nem as ferraduras e para tristeza da mãe só as plantas estavam estragadas.
De repente sentiu-se tremer a terra.
Fugiram todos para o largo da Aldeia.
Qual não foi o seu espanto, quando depararam com um dinossauro, muito sorridente.
Muitas ideias surgiram sobre para onde devia ir o dinossauro, mas ele lá tinha a sua ideia e dirigiu-se para o Parque Jurássico.

Pólo de Fontelonga
Diogo Gonçalves






Uma Vaca de Estimação

Era uma vez um professor que vivia no meio de imensa livralhada, tinha livros na sanita, no fogão, no lava-loiça e no frigorífico.
Um dia ele decidiu comprar um animal de estimação para lhe fazer companhia e pensou:
- Um cão! Não, pode ladrar e acordar-me de noite.
- E se fosse um gato! É melhor não, pode arranhar-me.
- Um rato, pode-me roer muitos livros.
Foi consultar um livro que dizia logo na primeira página:
A vaca é o mais útil dos animais.
Nesse dia havia feira, ele dirigiu-se para lá, comprou a vaca mais barata a quem chamou Cornélia.
À tarde, apeteceu-lhe leitinho quentinho então foi mugir a vaca, mas ela nem uma gota deitou.
À noite deitou-a na sua cama, mas ela deu-lhe um par de coices e ele foi cair num monte de dicionários ficando cheio de nódoas negras.
Então decidiu pendurar o casaco, o guarda-chuva e o chapéu nos cornos dela, mas ela abanou a cabeça e o guarda-chuva furou um livro de arte.
Como tinha de ir para a escola, decidiu usar a cauda para fazer a barba. Quando estava a espalhar a espuma a vaca foi mordida por uma mosca e pintalgou-o todo.
Como não tinha outro fato foi em cuecas.
De manhã, encerrou a vaca na varanda, ela comeu as plantas e fez as necessidades sobre a cabeça de quem passava.
O professor tentou ensiná-la a ler mas ela só fazia: mu mu mu
Um dia a vaca com muita fome comeu as palhinhas das cadeiras, os cortinados, as folhas onde os alunos faziam os trabalhos de casa.
Numa manhã ela atirou-se à carteira do dono e comeu tudo o que lá havia.
Todos os dias, lhe comprava sacos e sacos de ração.
Sem dinheiro, o professor teve de vender a biblioteca a um alfarrabista cantando esta canção:

Querida Cornélia
Por tua causa
Perdi a biblioteca
E o dinheiro
Dói-me o meu coração
Cantando esta canção.


Sem dinheiro, ele teve de a levar a pastar ao campo, como estava fraco das pernas de tanta fome passar, encavalitou-se nela, começou a pular indo parar em cima de uma figueira.
A vaca vendo o boi a pastar correu para ele, não reparou que na estrada passava um autocarro, pum foi atropelada.
O dono desceu da árvore, mas a vaca já tinha morrido.
Quando o condutor ouviu a história da vaca, ajudou-o a levá-la para casa.
O professor com a pele fez um tapete, a carne guardou-a no congelador, dos ossos fez pentes, pulseiras, colares e botões.
Com as tripas encheu chouriços e com os cornos fez cornetas.
Agora é convidado para tocar corneta nas festas e canta sempre a mesma canção.


Pólo de Fontelonga
Adriana, Paulo, Rui e Adelino

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo trabalho. Parabéns.