sexta-feira, junho 12

Ler é crescer

Durante o 3º período, os alunos do Pólo de Fontelonga pesquisaram a vida e obra do escritor António Torrado.
Eram histórias com aventuras espectaculares e com um vocabulário muito rico e variado.
Gostámos muito de ler os seguintes livros: A Pena de Ouro, Ler, Ouvir e Contar, bem como algumas Histórias do Dia.
Inspirados no autor escrevemos resumos, inventámos e concluímos histórias.

Ler é sonhar, ler é aprender e tudo isso nos faz crescer.

Pólo de Fontelonga



O Conto do Espertalhão

Era uma vez dois amigos, um chamava-se António e o outro Fernando.
Eles tinham uma grande diferença, o António era burro, mas o Fernando era espertalhão.
Um dia, Fernando pediu-lhe para o ir ajudar a semear batatas, pagava-lhe a jeira e comia lá em casa.
Quando terminou a sementeira Fernando disse-lhe:
- Agora já te podes ir embora, não preciso mais de ti.
- António exclamou:
- Tu disseste que eu comia cá e me pagavas!
- Disse lá agora – exclamou o Fernando. – Tu deves estar a sonhar!
António foi para casa muito triste, com a barriga a dar horas e sem dinheiro.
Passados alguns dias Fernando e a mulher foram à feira e encontram o amigo António. Fernando como não tinha dinheiro pediu-lhe se lhe podia emprestar algum, que depois pagava com juros.
António emprestou-lhe o dinheiro.
Passaram – se meses, nem o dinheiro, nem o amigo apareciam. Então António foi a casa do Fernando e disse-lhe:
- Agora quero o meu dinheiro de volta.
- Fernando respondeu:
- Que dinheiro! Eu não te estou a dever nada, vai-te embora!
- Isto não fica assim, amanhã venho com a Guarda.
No dia seguinte, quando António chegou com a Guarda, o amigo pediu-lhe desculpa e devolveu-lhe o dinheiro.
Logo a seguir compraram um rebanho de cabras a meias.

Paulo Mesquita
Pólo de Fontelonga





O lagarto Luís


Um dia o lagarto Luís ia a passar numa floresta e viu um cacho de uvas.
Ficou sorridente, mas passou por ali o carro do Presidente e quando ia comer o cacho, este tinha desaparecido.
O lagarto ficou chateado e foi queixar-se ao Presidente.
Pela floresta duas coisas apareceram, um comboio e uma árvore que estavam à sua frente, mas não queriam sair, então ele comeu -as.
Quando lá chegou pediu:
- O meu cacho de uvas? Dê-mo já!
O Presidente ordenou que o prendessem e que nunca mais aparecesse.
O lagarto Luís deitou cá para fora o comboio e a estação, que fez partir os ferros da prisão.
Voltou ao Presidente e gritou:
- O meu cacho de uvas? Dê-mo já!
O Presidente ordenou que o matassem e se livrassem dele.
O lagarto Luís deitou cá para fora o pinheiro, que matou os guardas.
Voltou ao Presidente e gritou:
-O meu cacho de uvas? Dê-mo já!
Então o Presidente sem saber o que fazer ordenou que dessem o cacho de uvas ao lagarto Luís e ele gritou:
-O meu cacho de uvas
Já o tenho aqui.
E nunca mais o viram por ali.

Rui Pereira
Pólo de Fontelonga






O País Infeliz

Há muito, muito tempo, quando as flores ainda tinham cor, o governador do País Infeliz não deixava ninguém reclamar as suas ordens, mandava-as para a prisão ou tinham que sair do país.
As flores, sempre infelizes, iam perdendo as suas belas cores, ficando pretas.
Elas se viam alguém desconhecido na rua, fugiam para casa para não lhes acontecer o mesmo que às outras flores.
Na prisão arrancavam-lhes as pétalas, ou então batiam-lhes.
As meninas flores não podiam usar calças, nem minissaias, nem andar sem meias.
Os jovens flores eram mandados para a guerra, alguns morriam lá, outros vinham desfolhados.
No recreio da escola, os rapazes flores eram separados das raparigas por muros, e estudavam em escolas diferentes.
Por todos os lados, havia flores polícias, mas dos que nos andam a vigiar e até adivinham os nossos pensamentos.
Todos perguntavam como seria a liberdade, mas como sofriam tanto com a ditadura, a liberdade seria: falar, correr de saia curta, de calças, sem meias e de mãos dadas.
As flores estavam pretas por não terem liberdade.
Um dia os militares flores reuniram-se para mandar embora o governador.
As mulheres flores, para não haver sangue, colocaram cravos nas espingardas dos militares, acabando assim a infelicidade no País Infeliz, que hoje se chama Portugal.
Agora a vida é melhor, todas as flores andam e falam como querem, com quem querem e até já têm as mesmas cores de antigamente.
Porém a crise económica que atinge o Mundo, está a deixar sem Liberdade muita gente.


Adriana Santos
Pólo de Fontelonga





Liberdade

O 25 de Abril
É dia da liberdade
Podemos falar e brincar,
Com amor e felicidade.

Dia 25 de Abril
Comemora-se a liberdade
Um futuro bem melhor
Queremos com igualdade

Dia da liberdade
É um dia bem alegre
Viva o 25 de Abril
Que é um dia célebre.


Adelino Gama
Pólo de Fontelonga




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